Como calcular a resistência das rampas para otimizar a produtividade?

27 de novembro de 2023

O perfil de transporte para uma operação é essencial, considera-se para este tipo de análise a resistência total, com o conhecido gráfico de “rimpull” e resistência ao rolamento acrescido da rampa efetiva. Estes parâmetros estão diretamente ligados a eficiência e aos custos operacionais. 

Para iniciarmos, é importante alguns conceitos básicos como a resistência de rampa, resistência ao rolamento e gráfico de “rimpull”. Vamos lá? 

RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO:

Iniciamos com a resistência ao rolamento, onde temos uma força atuando no sentido oposto ao movimento do objeto que está em contato com a superfície, como uma estrada. Ela é causada pela deformação do objeto, no caso do nosso equipamento o pneu.  

Essa resistência ao rolamento é influenciada por alguns fatores como: textura da superfície e pressão sobre a superfície. Entretanto, não leva em consideração a inclinação da superfície.  

RAMPA EFETIVA:

Já o conceito de rampa efetiva é a força que está contrária ao movimento do equipamento subir ou descer a inclinação de uma rampa, isso tudo causado pela tal gravidade atuando sobre o peso próprio do equipamento. Quanto mais íngreme for a rampa, maior será a resistência de rampa, isso significa que irá exigir uma maior energia para superar no momento de transportar o nosso material.  

GRÁFICO DE RIMPULL:

Estes dois fatores, citados anteriormente, irão nos auxiliar no gráfico de rimpull, uma ferramenta muito utilizada para ditarmos a velocidade máxima de um equipamento carregado.  

grafico_rimpull

A figura acima se trata do nosso famoso gráfico de rimpull. Com ele temos uma representação visual que mostra como a resistência ao rolamento e a rampa efetiva afetam a capacidade do equipamento superar uma inclinação ou declive. 

No eixo vertical, a esquerda, temos representado o “rimpull” – uma força que irá sair da inercia e manter o movimento, geralmente o caminhão já vem de um movimento antecessor, o “rimpull” apenas mantem o equipamento em movimento – e, o eixo vertical da direita, representa a inclinação da superfície em graus. Á medida que a inclinação aumenta, a resistência da rampa efetiva também aumenta, exigindo uma maior tração para manter o movimento.  

É importante manter algumas observações como: para considerar uma estrada em boas condições, devemos partir de uma resistência total de 2%. Em contraste a isto, um trecho de estrada plana em condições precárias, por conta de poeira, lama, entre outros, pode criar um nível de resistência ao rolamento similar à de uma rampa em boas condições. 

Observando o gráfico, temos: 

O “peso bruto” observado no gráfico, se refere ao peso do caminhão somado ao peso carregado.  

O “rimpull” normalmente está descriminado no manual do caminhão. 

A inclinação pode estar em graus, caso esteja em graus, pode-se usar um sistema de conversão para porcentagem, como:  

h= altura da rampa; 

d= distância horizontal; 

CONCLUSÃO:

Com base na compreensão da resistência total em diferentes condições de terreno e estrada, é possível estipular velocidades ideais para equipamentos em diversos trechos da mina. Essa abordagem permite otimizar a produtividade, o consumo de combustível e a segurança das operações, adaptando as velocidades às condições reais. 

Com a FAST2 Mine, você não irá precisar fazer estes cálculos a mão, os módulos do Mining Control irão lhe auxiliar e evidenciar quais rampas não estão favoráveis à sua produção!

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